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Revista CIPA & INCÊNDIO – Versatilidade no controle do incêndio

Proteção com retardantes de chamas torna a propagação do fogo mais lenta e pode ser aplicada em diversos tipos de produtos e em edificações Por Luciana Sampaio Moreira Entre outras ferramentas da chamada proteção passiva, o uso de retardantes de chamas tem se fortalecido no país. Atualmente, são mais de 200 tipos diferentes de compostos […]

Proteção com retardantes de chamas torna a propagação do fogo mais lenta e pode ser aplicada em diversos tipos de produtos e em edificações

Por Luciana Sampaio Moreira

Entre outras ferramentas da chamada proteção passiva, o uso de retardantes de chamas tem se fortalecido no país. Atualmente, são mais de 200 tipos diferentes de compostos químicos com essa especificidade, sendo os mais comuns a base de bromo, cloro, fósforo, nitrogênio e hidróxidos metálicos que retardam a ignição, diminuem a velocidade de queima e minimizam a emissão de fumaça dos materiais aos quais são incorporados e também a produção de fumaça no local. Na prática, tornam a propagação do fogo mais lenta, o que contribui para a saída segura das pessoas e garante melhores condições para o início do trabalho dos brigadistas.

Cada tipo é classificado de acordo com seus principais elementos constitutivos, que determinam sua reação química com fogo, com uso em diferentes aplicações e normatização por diversos comitês ligados à ABNT, como o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-24) e o Comitê Brasileiro de Química (CB-10), por exemplo.

Segundo o secretário da Diretoria Executiva da Associação Brasileira da Indústria de Retardante de Chama (Abichama), engenheiro químico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) com mais de 15 anos de experiência em vendas e marketing de produtos químicos para mercados internacionais, Alexandre Vieira, os produtos funcionam em três etapas. Na primeira, interrompem o estágio de combustão no ciclo do incêndio, evitando ou atrasando o “flashover” ou o alastramento do fogo pelo ambiente. A partir daí, limitam o processo de decomposição dos materiais presentes ao isolar fisicamente as fontes de combustível com uma camada carbonizada (char) resistente ao fogo e, no estágio seguinte, diluem os gases inflamáveis e as concentrações de oxigênio na zona de formação da chama por meio da emissão de água, nitrogênio ou outros gases inertes.

“Como um exemplo prático, podemos citar os testes realizados pela Abichama, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que comparam a inflamabilidade das TVs brasileiras em relação às TVs americanas. As TVs brasileiras, que não contém retardantes de chama, pegam fogo completamente em apenas 2 minutos, enquanto os aparelhos norte-americanos, que têm o produto em sua composição, não pegam fogo, pois atendem aos padrões de inflamabilidade renomados no mundo todo”, explica.

Os retardantes de chama bromados, um dos principais tipos usados, consistem em mais de 70 substâncias químicas diferentes com variadas propriedades com indicação para equipamentos elétricos e eletrônicos, como televisores, computadores, rádios, frigoríficos e máquinas de lavar e, ainda, em
diferentes tipos de transporte e em espuma para móveis estofados.

“Um exemplo de aplicação pode ser encontrado na norma ABNT NBR 15925, intitulada “Plásticos — Orientação sobre características e desempenho ao fogo de produtos à base de PVC aplicados em edificações”, para o qual a Abichama contribuiu com a elaboração no âmbito do CB-024. Esta norma deu origem a ABNT ISO/TR 20118, publicada em julho de 2021, que fornece informações sobre as características e o desempenho de produtos à base de PVC aplicados em edificações e parte da premissa de que o perigo e o risco de incêndio também estão relacionados ao uso e instalação adequados dos produtos de construção na estrutura dos prédios”, destaca.

Recomendações de uso

Os retardantes devem ser escolhidos de acordo com o tipo de material para reter suas funcionalidades fundamentais. Nas edificações, a Segurança Contra Incêndio (SCI) é muito abrangente e começa antes mesmo da construção de uma edificação ou fabricação de um produto. Nesse sentido, as medidas de proteção passiva devem ser previstas para que, no primeiro momento, as situações de incêndio sejam evitadas. Há um segundo cenário, para o caso de uma ocorrência do sinistro, para que as consequências sejam minimizadas ao máximo.

“No caso dos equipamentos eletrônicos e materiais plásticos, por exemplo, sabemos que o aumento da presença nos lares, impactou os potenciais riscos de incêndio, já que se trata de materiais inflamáveis. Retardantes de chama devem ser vistos como uma proteção “oculta” contra o fogo, sendo que seus
benefícios muitas vezes só são notados durante as ocorrências de incêndio”, relata

Segundo Alexandre Vieira, leis e as normas técnicas envolvidas nesse tema da segurança contra incêndio se completam. Além do Projeto de Lei nº5537/13, a aprovação da Lei nº 13.425/2016, chamada “Lei Kiss” não preencheu a lacuna de um Código de Segurança Contra Incêndio Brasileiro, mas foi um primeiro passo para a solução de várias questões, muito embora carente de algumas regulamentações para sua plena aplicação.

Para ele, há necessidade de legislações municipais de prevenção e combate a incêndio, além da exigência da inclusão de conteúdos relativos ao tema nas disciplinas dos cursos de graduação em Engenharia e Arquitetura para que a conscientização e o conhecimento sobre a importância da utilização dos retardantes de chama sejam feitos a partir de estágios iniciais.

Normas

Nos últimos anos, o setor teve avanços com a norma NBR 16951, que especifica um método para determinação das características de reação ao fogo de sistemas de revestimento externo não estrutural de fachadas, sistemas de fachadas ventiladas ou não aderidas, paredes-cortina, sistemas que incluam painéis de vidro, painéis instalados entre lajes de andares e painéis isolantes compostos quando aplicados à fachada de um edifício e expostos a uma fonte de calor, reproduzindo uma situação de incêndio sem condições controladas.

“Para se ter uma ideia de como ela é importante, um levantamento da Associação Brasileira de Proteção Passiva Contra Incêndio (ABPP) identificou pelo menos 33 incêndios em fachadas pelo mundo na última década, resultando em 223 mortes. Outro dado interessante do estudo é que 78% dos apartamentos envolvidos foram completamente queimados e todas as torres afetadas foram interditadas. Os edifícios que não tiveram que ser demolidos, sofreram um processo de reforma e reabertura que durou entre dois
e cinco anos”, argumenta.

Outro avanço significativo foi na norma NBR 16965, publicada pela ABNT e que especifica o
método de ensaio de referência para a determinação da resistência ao fogo de vários elementos construtivos, quando submetidos a condições-padrão de exposição ao fogo. Os dados obtidos permitem a classificação da resistência ao fogo desses elementos com base no tempo em que o desempenho atende aos critérios especificados.

Assim, os dispositivos existentes determinam ou classificam produtos e materiais em relação ao seu desempenho em caso de incêndio. Quando necessário, há trechos específicos sobre retardantes. Entre eles estão:

  • ABNT NBR 15925 – Móveis – Assentos plásticos para eventos esportivos
  • ABNT NBR 16405 – Sofás, poltronas e assentos estofados – Avaliação das características
    de ignitabilidade – Classificação e métodos de ensaio;
  • ABNT NBR 16545 – Revestimentos de alta espessura com sistemas de poliureia e híbridos de poliureia/poliuretano – Requisitos de desempenho;ABNT NBR 16625 – Método de ensaio e de classificação da reação ao fogo de cortinas – Avaliação das características de ignitabilidade;
  • ABNT NBR 16626 – Classificação da reação ao fogo de produtos de construção, atualizada em
    2017;
  • ABNT NBR 16841 – Comportamento ao fogo de telhados e revestimentos de cobertura
    submetidos a uma fonte de ignição externa, com última atualização em 2020;
  • ABNT NBR 16945 – Classificação da resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações;
  • ABNT NBR 16951 – Reação ao fogo de sistemas e revestimentos externos de fachadas – Método de ensaio, classificação e aplicação dos resultados de propagação do fogo nas superfícies das fachadas, com atualização em 2021;
  • ABNT NBR 16965 – Ensaio de resistência ao fogo de elementos construtivos;
  • ABNT NBR 10897 – Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos —
    Requisitos;
  • ABNT ISO/TR 20118 – Plásticos – Orientação sobre características e desempenho ao fogo
    de produtos à base de PVC aplicados em edificações.
  • ABNT NBR 5628 – Componentes construtivos estruturais – ensaio de resistência ao fogo. Última atualização em 2022;
  • BS 8414 – Fire performance of external cladding systems – Test method for non- load bearingex ternal cladding systems fixed to, and supported by, a masonry substrate, com atualização em 2020;
  • BS 8414 – Fire performance of external cladding systems – Test method for non-load bearingex ternal cladding systems fixed to, and supported by, a structurals teel frame, com atualização em
    2020;
  • BS 9414 – Fire performance of external cladding systems. The application of results from BS 8414-1 and BS 8414-2 tests.

Proteção das edificações

Especialistas nessa área, os 1º Tenentes do Corpo de Bombeiro do Estado de Minas Gerais, Evandro Maroni Mascarenhas e José Carley de Souza Rezende enfatizam que, de acordo com a legislação do Estado, o uso de retardantes de chamas, assim como outras medidas de segurança que são exigidas para as edificações e têm como objetivo finalístico o de proporcionar condições de segurança aos ocupantes das edificações, a fim de possibilitar um abandono seguro, embora não exista obrigatoriedade do uso
desse tipo de produto para fins de regularização dos empreendimentos junto ao órgão.

“Especificamente quanto ao uso de retardantes de chamas, o principal requisito é que esse recurso dificulte a ocorrência de uma inflamação generalizada dos materiais no ambiente do incêndio. Essa propriedade retardante tem como objetivo reduzir a velocidade de propagação das chamas e a emissão de fumaça nos materiais de acabamento e revestimento, auxiliando no confinamento do incêndio em um determinado ambiente, proporcionando uma fuga mais segura dos ocupantes/usuários das edificações e proporcionando melhores condições de o incêndio ser debelado por equipes de primeira intervenção
(brigadistas)”, enfatiza Evandro Maroni Mascarenhas.

Especificamente para as normas de segurança contra incêndio e pânico, o uso desses retardantes
ganhou grande destaque dada as suas características físico-químicas, pois são utilizados, nos aditivos,
elementos que tem alto calor específico, ou seja, demandam grande quantidade de calor para aumentar a sua temperatura, o que ajuda a retardar ou impedir a combustão e a propagação do fogo.

Os produtos ganham relevante destaque na regularização de edificações mais antigas que se encontrem com impossibilidade técnica de atendimento à legislação vigente, em especial nas saídas de emergência, podendo ser aplicados nos elementos de compartimentação que asseguram a estanqueidade quanto ao fogo e fumaça, para fins de enclausuramento da descarga, para atendimento das seguintes Instruções Normativas:

  • IT 06 (Segurança Estrutural das Edificações);
  • IT 07 (Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical);
  • IT 35 (Segurança Contra Incêndio em Edificações que Compõem o Patrimônio Cultural);
  • IT 38 (Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento) e
  • IT 40 (Adequação de Medidas de Segurança para Edificações).

Por conseguinte, poderá ser aceita a aplicação de produtos intumescentes (retardantes a chamas) nas portas, com a apresentação de laudo do responsável técnico e certificado de atendimento ao Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), devido a sua propriedade de assegurar tempo de retardo (demora) até que o material entre em combustão. Com a aplicação dessa pintura (tinta ou verniz antichama) que protege o metal ou madeira contra o fogo, evita-se que esse material atinja sua temperatura de colapso, possibilitando maior tempo para evacuação do local.

Entre outras aplicações, destaca-se também o uso na compartimentação horizontal entre as edificações contíguas tombadas pelo patrimônio histórico, que poderá se dar por meio de tratamento dos elementos construtivos limítrofes da edificação por produtos intumescentes que garantam tal condição, mediante apresentação de laudo e documento de responsabilidade técnica.

A durabilidade dos retardantes está relacionada a fatores que podem influenciar na sua efetividade em uma situação de incêndio. Os retardantes, assim como outros equipamentos, são desenvolvidos para serem duráveis e confiáveis, desde que respeitadas as manutenções e inspeções. Dessa forma, é necessário observar as normas do fabricante, bem como as recomendadas pela ABNT e normas internacionais.

Há situações em que, após a aplicação do produto em ambiente interno, é recomendada a inspeção a cada dois anos. Se usado em superfícies externas, esse período é anual, a fim de diagnosticar, reparar ou dar o tratamento adequado para sua durabilidade/vida útil e garantias. Existem fabricantes que mantêm a garantia do produto, desde que a manutenção ocorra, por exemplo, a cada dois anos para aplicações em piso e corrimão (interno ou externo). Já para as paredes, portas e forro, a garantia pode ser de oito anos para locais cobertos, e três anos para ambientes externos.

Destaca-se que é importante haver inspeções periódicas visando detectar eventuais fissuras, trincas, descolamentos, impactos mecânicos, etc., por intermédio de profissionais capacitados, prevenindo e realizando correções necessárias para manter as condições aprovadas pelo CBMMG. Ressalta-se que o Decreto Estadual 47.998/2020, art. 24, inciso I, estabelece que o proprietário ou o responsável pelo uso obrigam-se, sob pena de incorrer em aplicação de sanções administrativas (advertência, multa, cassação de AVCB, embargo ou interdição), independentemente das responsabilidades civis e penais cabíveis, a manter as medidas de segurança contra incêndio e pânico em condições de utilização e manutenção adequadas.

“Quanto ao uso desse produto, ressalta-se que, para alguns empreendimentos, é necessária a projeção de medidas de segurança que mantenham o tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) das estruturas, para evitar o colapso estrutural, ou disponham de materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, visando restringir a propagação do fogo e a emissão de fumaça. Por conseguinte, o profissional capacitado, após uma criteriosa avaliação, poderá utilizar da proteção passiva por meio do uso de tintas intumescentes, argamassas projetadas, bem como placas de silicato de cálcio, de forma a possibilitar o atendimento das prescrições contidas no Regulamento de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Estado de Minas Gerais”, ressalta José Carley de Souza Rezende.

Como previsto em outras medidas de segurança, para renovação do Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros (AVCB), é necessário que o responsável técnico preencha Laudo Técnico informando que foram realizadas as manutenções necessárias a cada 5 anos. Não obstante, podem ocorrer vistorias de fiscalização nesse ínterim, visando cumprir as premissas da Lei Estadual 14.130/2001. Para o caso dos retardantes, dependerá da certificação dada pelo fabricante do produto e do compromisso dos atores envolvidos para o melhor uso do produto.

Mercado Brasileiro

Os retardantes de chamas são produtos versáteis, com diversas aplicações. Com 20 anos de atuação no setor de Proteção Passiva contra o Fogo no Brasil, a CKC do Brasil oferece produtos certificados pelos principais órgãos e laboratórios nacionais e internacionais, com expertise nas áreas de Segurança Estrutural em situações de incêndios, compartimentação de ambientes e Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento (CMAR) e mais de 1 milhão de metros quadrados de superfícies protegidas. A empresa é a única nacional associada à Association for Specialists in Fire Protection, do Reino Unido.

A linha de retardantes de chamas da CKC possui a melhor performance de reação ao fogo (Classe IIA – NBR 16.626/17), o que permite o uso nos revestimentos e acabamentos em todos os grupos de ocupação, inclusive naqueles de maior risco de incêndios. “Os nossos retardantes de chamas possuem um acabamento de alto padrão e são de aplicação simples, garantindo agilidade e rapidez no tratamento dos revestimentos”, destaca o diretor da empresa, Jeffery Lin.

Ele explica, ainda, que os retardantes de chamas são desenvolvidos para diversas aplicações, em quase todas as edificações, sejam elas comerciais, voltadas para a reunião de público ou até residenciais com emprego de revestimento e acabamentos combustíveis em paredes, pisos e forros, como madeiras, tecidos, carpetes, PVC, fibras naturais e outros materiais.

“A linha de retardantes de chamas da CKC para madeira é uma das mais completas, por meio da qual é possível atender aos diversos tipos de madeiras em suas condições originais, e ao mesmo tempo fornecer o tipo de acabamento desejado. Todos os produtos da CKC possuem os testes/certificações exigidos pelos Corpos de Bombeiros e demais instituições. Atendemos aos requisitos mais elevados de segurança contra incêndio com a aplicação dos retardantes de chamas, garantindo, assim, níveis baixíssimos de propagação das chamas e de geração de fumaça”, afirma o executivo.

Na linha de equipamentos de Proteção Individual (EPI) também tem materiais retardantes de chamas. Com 50 anos de mercado, a Massei Uniformes é referência no setor têxtil, entre os maiores fabricantes de uniformes do País, como destaca o diretor de Produto, Qualidade, SSMA e Infraestrutura, Leonardo Mota.

Prova disso é que a empresa acaba de lançar uma linha de EPIs fabricados com tecido ignifugo reciclado. “O tecido de alta tecnologia é fabricado através da reciclagem de sobras de fios dos teares e de tecidos do corte que aliados a outras tecnologias são novamente produzidos reduzindo, dessa forma, a poluição do solo entre outros impactos ambientais”, apresenta Mota.

A Massei Uniformes não só comercializa este produto como faz a separação e o envio ambientalmente adequado das sobras do seu corte. Esse método de reciclagem resulta em um tecido multiproteção de alta tecnologia, no qual a sua composição com base em modacrílico, algodão e fibras antiestáticas garante as propriedades deste tecido técnico ao longo da vida útil da vestimenta.

O produto final é ideal para vestir os trabalhadores da indústria de metalurgia e siderurgia que ficam constantemente expostos a riscos provenientes de agentes térmicos, onde apenas vestimentas em conformidade com as Normas ISO 11611 e ISO 11612 estão aptas a protegê-los.

E para completar o ciclo, a empresa está desenvolvendo um projeto visando a implantação da economia circular de acordo com o modelo de logística reversa que permita a coleta dos uniformes descartados para que sejam separados, descaracterizados e reaproveitados conforme as várias possibilidades existentes atualmente nessa cadeia produtiva.